À mãe que não desiste

            Todas as mães merecem nosso carinho e respeito. Mas neste “Dia das Mães” de 2025, escolhi para homenagear Sandra Campos, cujo filho Diego, aos vinte e quatro anos, entendeu de partir. Essa dor para a qual o dicionário sequer escolheu um nome, não a prostrou. Ao contrário, resolveu lutar pela vida.
            O suicídio é a segunda maior causa de morte entre os jovens brasileiros. Todos os dias, dezenas de moços desistem de continuar neste mundo que a humanidade está destruindo, e no qual preferem não viver.
            Sandra Campos tornou-se ativista pela vida e enceta permanente cruzada pelo enfrentamento adequado da saúde mental. As anomalias mentais acometem exatamente os mais sensíveis, os que deixam aquele imenso vazio no coração de quem os ama. O mais mutilado deles é o coração materno.
            Prevenir o suicídio é missão humanitária de cada ser racional. É preciso encarar a questão de forma corajosa, assim como Sandra faz, inclusive fornecendo propostas para projetos de lei e ações do Poder Púbico e da comunidade.
            O fenômeno recrudesceu com a utilização das redes sociais, que trazem milhões de seguidores e a inexistência de verdadeiros amigos. Essa verdadeira epidemia há de ser enfrentada com a ciência, mas com o ingrediente de que mais a humanidade necessita: amor. E neste terreno, as mães são imbatíveis. O amor materno é permanente, incondicional, ilimitado e eterno.
            Filho é aquela luz que se acende no coração da mãe e que não se apaga se por acaso, por cruel circunstância, ele partir antes dela. A chama permanece acesa, assim como Diego continua vivo na alma de Sandra Campos. Procure você também fazer algo, seguindo no Instagram: @sandracamposaaa. E Feliz Dia das Mães a todas essas concretas mensagens de que existe um Criador, cujo afeto pelas suas criaturas se reflete no amor materno.

*José Renato Nalini é Secretário-Executivo das Mudanças Climáticas de São Paulo.   
 

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LUCIANA FELDMAN
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