O vereador e candidato à reeleição Bruno Pezão (PP), foi solto nesta sexta-feira (20) após audiência de custódia, em Campos. O parlamentar foi preso em flagrante por lavagem de dinheiro durante a Operação Pleito Mortal, na última quarta-feira (18).
O juiz Samuel de Lemos Pereira concedeu liberdade provisória ao parlamentar, onde estipulou um prazo de 24 horas para o recolhimento da fiança no valor de R$ 90 mil.
Ainda de acordo com decisão do magistrado, Pezão não poderá se ausentar do município por prazo superior a 15 dias, além de não poder entrar em contato com outros investigados da Operação Pleito Mortal.
Confira um trecho da decisão:
”(…) vale dizer, os nebulosos elementos apontados no relatório da investigação que antecedem o presente procedimento, pelo menos por ora, não se prestam a fundamentar a segregação cautelar do custodiado, mormente porque, em que pese apontar indícios de fatos graves, lhes falta a concretude necessária para justificar a adoção de medida drástica.”
Entenda o caso
O vereador Bruno Fernando Santos de Azevedo, mais conhecido como Bruno Pezão (PP), foi preso em flagrante por lavagem de dinheiro durante a Operação Pleito Mortal, deflagrada nesta quarta-feira (18) pelo Ministério Público do Rio e Polícia Civil. Foram apreendidos R$ 663 mil em espécie e R$ 470 mil em cheques e notas promissórias. A suspeita é de que o valor seja proveniente de extorsões praticadas na Baixada Campista.
O candidato à reeleição passou a noite na 134ª Delegacia do Centro e fez exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal ainda pela manhã, sendo transferido para a Casa de Custódia Dalton Crespo, onde aguarda audiência de custódia.
Segundo informações da 134ª DP, as residências de Adriano Piedade da Silva, Raphael Mendonça dos Santos, e de Uelinton Barreto Viana, conhecido como Hulk, também são alvos da operação.
A Operação Pleito Mortal investiga a morte do cabo eleitoral Aparecido Oliveira de Moraes, 69 anos, o ‘Aparício’, executado com 8 tiros dentro de seu carro, na Estrada de Campo Novo, em São Sebastião, na Baixada Campista, no dia 19 de julho.
De acordo com as investigações, antes de morrer, Aparecido estava fazendo campanha para o candidato a vereador Diego Dias, concorrente de Bruno Pezão. Além do vereador, são alvos da operação o chefe de gabinete, assessores, e um traficante de drogas que está preso em Bangu há mais de 10 anos.
Aparecido tinha domínio em dois colégios eleitorais: Valeta e Venda Nova, ambos em Campo Novo e, antes de morrer, tinha selado acordo político a Diego Dias, concorrente de Bruno Pezão.
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