Conselheira Tutelar denuncia a falta de médicos para as crianças e até internet para se trabalhar

Foto: Jornal A Voz de Campos / Divulgação

A realidade dos cinco Conselhos Tutelares em Campos dos Goytacazes, no interior do Rio, é bem diferente do que a população campista imagina. É o que afirmou durante uma entrevista no Jornal A Voz de Campos, desta quinta-feira (05), a nova apresentadora da Rede Aurora de Comunicação, Geovana Almeida, conselheira tutelar de quatro mandatos. Geovana estreia na próxima sexta (13), um programa de Podcast na emissora. 

Segundo ela, falta estrutura nas unidades e até internet para se trabalhar. A conselheira tutelar se indigna, ao falar da saúde na cidade. Segundo ela, que são mais de 1.200 crianças com algum tipo de transtorno, aguardando um atendimento médico. 

– Estamos com uma lista de espera de 1.036 crianças, com a idade de 8 a 11 anos para começar o acompanhamento um neuropediatra. E estamos com um pouco mais de 200 crianças, aguardando vaga para fonoaudiólogo. – Desabafou Geovana dizendo que existe defasagem, no atendimento para as crianças em outras áreas da saúde também. 

Ela afirma, que a área da saúde mental, é uma das mais afetas, como neuropediatra, psiquiatria, fonoaudiólogo, fisioterapia, terapia ocupacional. E as crianças não conseguem ser atendidas, como diz a lei e o Estatuto da Criança (ECA). Um exemplo disso, é o caso do projeto Neuro Ação que deveria atender a grande demanda de crianças com deficiência na cidade, mas segundo ela, não tem médicos para atender.

 – O médico não quer trabalhar para o município, porque ganha pouco. É um projeto muito bom, mas o pouco que está funcionando, é quando o Ministério Público aperta. – Denunciou.