Considerado projeto de infraestrutura mais importante para o estado do Rio de Janeiro e o país, a Estrada de Ferro 118 (EF-118) está com os dias contados para sair do papel. Ele visa conectar o Porto do Açu, em São João da Barra, e a região norte fluminense à malha ferroviária nacional.
Levantamento feito pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) aponta que a construção da fase inicial da EF-118 poderá gerar R$ 2,5 bilhões no Produto Interno Bruto (PIB) da região; 68 mil empregos diretos e indiretos; R$ 457 milhões de arrecadação em impostos estaduais e federais; e um acréscimo de R$ 1 bilhão em salários na força de trabalho.
Um passo fundamental foi dado nessa quinta-feira (17), por iniciativa da Firjan Regional Norte, através de reunião com representantes da sociedade civil e do poder público. Foi assinado um documento, que será enviado à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) em defesa da execução do projeto.
Há unanimidade quanto à reivindicação para que os recursos decorrentes do acordo para devolução de trechos ferroviários, concedidos na privatização em 1996 à Ferrovia Central Atlântica (FCA) sejam injetados da construção. As discussões aconteceram na sede da Firjan.
Com novo traçado da ferrovia entre Rio de Janeiro e Espírito Santo, o projeto foi apresentado por Diogo Martins, especialista em Infraestrutura da federação: “É importante o pleito por parte dos recursos provenientes da devolução de trechos por parte da FCA, que inclui 1.751 quilômetros em todo país, sendo 640 quilômetros localizados no estado do Rio.
AUDIÊNCIA ONLINE – Martins lembrou que a FCA já devolveu, em 2013, 153 quilômetros, o estado do Rio perdeu 62 km da sua malha ferroviária e restam apenas 41 km do trecho em atividade, representando menos que 5% da malha concedida pelo governo federal para a empresa. O presidente da Firjan Norte, Francisco Roberto de Siqueira, defendeu como sendo fundamental a mobilização geral.
“O processo que inicia agora é grande desafio e, para isso, precisamos mobilizar todas as autoridades fluminenses, parlamentares do estado e federais, e a sociedade civil, principalmente aqui da região”, pontuou Siqueira. O secretário de Desenvolvimento Econômico de Campos, Felipe Knust (representando o prefeito Wladimir Garotinho), assinou o documento juntamente com autoridades de outros municípios.
O subsecretário Campista de Mobilidade, Sérgio Mansur, realçou que, em setembro, Wladimir o indicou para participar, no modo online, de audiência pública sobre o tema em Brasília: “Na oportunidade, apresentamos um panorama sobre o potencial de Campos e municípios da região para cargas do modal ferroviário, a exemplo das demandas crescentes de cargas do Porto do Açu e de outros setores no norte fluminense”, destacou.
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