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Dia Mundial de Luta contra a Aids alerta para autocuidado e prevenção

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O “Dezembro Vermelho” é o mês de referência na luta contra as Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs): sífilis; hepatites B e C, entre outras doenças relacionadas e no combate ao HIV/Aids, tendo como ponto alto este dia 1º, em que se celebra o Dia Mundial de Prevenção à Aids. O período é considerado importante para reforçar a necessidade da prevenção da infecção pelo HIV e do combate ao vírus causador da imunodeficiência humana, bem como para promover ações que impulsionam uma melhor assistência à saúde e a garantia de direitos a todos os pacientes.

Instituída pela Lei nº 13.504/2017, a Campanha Nacional de Prevenção ao HIV/AIDS e outras Infecções Sexualmente Transmissíveis é importante para alertar a população sobre as doenças transmissíveis por via sexual, onde o grande destaque é a infecção pelo HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana), um retrovírus que, ao infectar um indivíduo, ataca o seu sistema imunológico e o deixa suscetível a infecções oportunistas, sendo a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Aids) uma complicação pós-infecção.

O infectologista Rodrigo Carneiro, destaca a evolução e complexidade do atendimento a pessoas vivendo com HIV/AIDS. Ele enfatiza a importância de se ter uma equipe multidisciplinar, composta por médicos, enfermeiros, psicólogos, farmacêuticos, dentistas e assistentes sociais, para oferecer um acolhimento humanizado aos pacientes e menciona o Centro de Doenças Infecto-Parasitárias (CDIP), em Campos, como um espaço de referência que atualmente atende continuamente um total de 3.607 pessoas, que recebem acompanhamento regular e fazem a retirada de medicamentos no local.

“O tratamento de pessoas vivendo com HIV/Aids no CDIP inclui o fornecimento de antirretrovirais, o ‘coquetel’, e assistência farmacêutica especializada. Além do tratamento medicamentoso, os pacientes recebem imunizações específicas e profilaxia para prevenir infecções oportunistas. Testes periódicos são realizados para monitorar a saúde e identificar riscos de doenças. O CDIP também oferece tratamento para outras infecções sexualmente transmissíveis, como hepatite B, hepatite C e sífilis, garantindo um acompanhamento abrangente para os pacientes”, elencou o médico, informando que o local também é dedicado ao atendimento de crianças, especialmente aquelas com suspeita de transmissão vertical, quando o contágio ocorre durante a gestação, parto e em alguns casos, na amamentação. 

“Embora haja um histórico de transmissão vertical no município, houve uma significativa redução nos últimos anos, reconhecida pelo Ministério da Saúde, que concederá a Campos um Selo Prata de Boas Práticas Rumo à Eliminação da Transmissão Vertical do HIV. Além disso, o CDIP oferece atendimento a adolescentes com foco em orientação sexual e garante o sigilo sobre diagnósticos e tratamentos”, enfatizou.

ESTIGMAS E PRECONCEITO – Rodrigo Carneiro aponta a discriminação social enfrentada por pacientes com HIV, reforçando a importância de um acolhimento adequado por equipes multidisciplinares para aliviar o sofrimento causado pelo diagnóstico. Apesar de alguns avanços na sociedade, muitos pacientes chegam fragilizados, especialmente os recém-diagnosticados. “O perfil dos pacientes está mudando, com um aumento no diagnóstico entre adultos jovens e uma igualdade entre gêneros, com uma tendência crescente de casos em mulheres. O CDIP está aberto à sociedade civil e mantém contato com ONGs e frentes de combate à homofobia e LGBTfobia”, concluiu.

O CDIP, localizado na Rua Conselheiro Otaviano, 241, Centro, oferece serviços como testes rápidos, tratamento de sífilis, hepatites, acompanhamento de casos de HIV e atendimento a crianças expostas ao HIV e outras infecções. O órgão também disponibiliza serviços de Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) e Profilaxia Pós-Exposição (PEP), além de promover ações contínuas de treinamento para reduzir o estigma e aumentar o acesso à informação e prevenção das ISTs.

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