Em meio à negociação entre credores e interessados na Sociedade Anônima do Futebol (SAF), o Paraná Clube ganhou a ajuda de um velho conhecido para se reerguer: o empresário e ex-mecenas Carlos Werner, dono do terreno do CT Ninho da Gralha, em Quatro Barras, na Região Metropolitana de Curitiba.
A informação é do colunista Augusto Mafuz, que divulgou a novidade no podcast Carneiro & Mafuz desta segunda-feira (03).
“O Carlos Werner, agora na condição de paranista, não é investidor ou dono de empresa, sentiu que tinha que entrar na parada oficialmente e colocar a cara. Desde quinta-feira passada, ele assumiu essa responsabilidade. Se vai ser com SAF, fundo de paranistas com dinheiro — que tem —, [não se sabe]. Ele está organizando a transição para o Paraná empresa. A ideia inicial é essa [SAF paranista]. Resumo da ópera: o Paraná vai ter time, jogar a Segunda Divisão e ter uma vida normal a partir de agora”, afirma Mafuz.
Mafuz ainda destacou que as dicussões giram para chegar a melhor forma de pagar os credores e até sugeriu que a negociação não envolva a venda da Sede da Kennedy.
“O Paraná tem que ter uma solução. Para que serve a Recuperação Judicial? Para recuperar a empresa. É isso que o Carlos Werner vai assumir, junto com outros paranistas, para recuperar o Paraná. Mais ou menos o que fizeram com o Athletico em 1995 o [Mario Celso] Petraglia, Ênio Fornea, Ademir Adur e vários atleticanos. Mas sem SAF”, ressalta.
“A princípio, não envolve a Kennedy [o pagamento dos credores] neste primeiro momento. Inclusive, eu dei a opinião de não envolver a Kennedy. Ganha um carência de um ano para pagar e não venda a Kennedy”, complementa Mafuz.
“O clube não recebeu nenhuma informação neste sentido, assim como também não recebeu nenhuma outra proposta. A única proposta que existe é da NextPlay S.A”, afirmou o Paraná Clube via assessoria de imprensa.
A reportagem do UmDois Esportes também entrou em contato com Carlos Werner, mas não obteve resposta.
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Quando o Paraná Clube vai definir o futuro?
No entanto, a venda da SAF, que parecia encaminhada para a NextPlay, ganhou um novo capítulo. De acordo com a Banda B, um novo investidor, ainda sob sigilo, demonstrou interesse em adquirir o Tricolor. Por conta disso, a reunião dos credores foi adiada em pouco mais de dez dias.
O prazo servirá para que o novo investidor oficialize a proposta ao Paraná Clube, que precisa aprová-la no Conselho Deliberativo, antes de encaminhá-la para a Assembleia Geral dos Credores.
Conforme previsto em edital, o novo interessado tem que oferecer, no mínimo, 10% a mais (R$ 21,2 milhões) do que a proposta da NextPlay. A empresa, porém, tem o direito de igualar qualquer valor por ser a proponente âncora.









