O estudo mensal realizado pelo IBEVAR em parceria com a FIA Business School sobre a projeção de inadimplência no Brasil para maio a julho de 2025 apoia-se em dados de série temporal coletados do Banco Central do Brasil, com recorte temporal iniciado em agosto de 2015, sendo março de 2025 o último mês com valores oficiais divulgados pelo BACEN.
Os dados revelam uma trajetória flutuante da inadimplência entre 2015 e 2025, com quedas significativas durante a pandemia (2020) e posterior recuperação. Para março de 2025, a taxa de inadimplência total para pessoas físicas estava em 3,84%, enquanto para recursos livres (que exclui operações com taxas regulamentadas e recursos governamentais) o valor era mais elevado, atingindo 5,59%. O estudo também acompanha as taxas de atraso (parcelas com atraso entre 15 e 90 dias), que funcionam como indicadores antecedentes da inadimplência futura.
Para Claudio Felisoni, Presidente do IBEVAR e Professor da FIA Business School “As projeções para maio de 2025 indicam que a taxa de inadimplência para pessoas físicas (total) deve ficar entre 3,70% e 4,13%, com média estimada de 3,91%, o que representaria um leve aumento em relação a março. Já para recursos livres, que tem maior impacto no varejo, a projeção é mais preocupante, com valores entre 5,43% e 6,12%, tendo média estimada de 5,78%. Isso representa um aumento de 0,19 pontos percentuais em relação ao valor de março de 2025 e 0,09 pontos percentuais comparado à estimativa para abril”.
As estimativas do referido estudo sinalizam uma tendência de alta contínua na inadimplência para pessoas físicas com recursos livres, chegando a uma média de 5,71% em junho e 5,72% em julho de 2025, podendo alcançar até 6,37% (limite superior) em julho. O trabalho ressalta que, considerando o aumento observado nos atrasos recentes, é razoável esperar que a taxa de inadimplência se situe entre a média e o limite superior do intervalo estimado para maio de 2025, aproximando-se assim dos 6% nos próximos meses.
Esta tendência de crescimento na inadimplência representa um alerta importante para o setor varejista brasileiro, pois afeta diretamente o consumo e a capacidade de pagamento das famílias.
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TARSIANE DE SOUSA SANTOS
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