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Governo descarta volta do horário de verão este ano

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O governo federal decidiu que o horário de verão não será retomado em 2024, embora avalie a possibilidade de sua reintrodução a partir de 2025. A decisão foi anunciada pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, que explicou que, apesar da recomendação do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) para o retorno imediato da medida, o cenário atual das chuvas e dos reservatórios das hidrelétricas melhorou.

“Nós hoje, na última reunião com o ONS [Operador Nacional do Setor Elétrico], chegamos à conclusão de que não há necessidade de decretação do horário de verão para este período, para este verão”, afirmou o ministro.

Ele destacou que, embora haja um início de recuperação hídrica, a situação ainda é frágil, e uma avaliação sobre o possível retorno da política em 2025 será realizada após o verão de 2024. “Temos condições de chegar depois do verão em condição de avaliar, sim, a volta dessa política em 2025”, acrescentou.

Segundo Silveira, o horário de verão deve ser tratado como uma política que possui tanto vantagens quanto desvantagens, devendo ser considerada por seus impactos no setor elétrico e na economia. “É importante que ele [horário de verão] seja sempre considerado, ele não pode ser fruto de uma avaliação apenas dogmática ou de cunho político. É uma política que tem reflexos tanto positivos quanto negativos no setor elétrico e na economia, portanto, deve sempre estar na mesa para uma avaliação precisa do governo federal”, afirmou o ministro.

Adoção este ano poderia causar transtorno em setores como aviação

Mesmo com a recomendação técnica, o governo considerou que a adoção da medida neste ano poderia causar transtornos para setores importantes da economia, como o da aviação, que precisariam de mais tempo para adaptar suas operações. Além disso, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) estimou que, caso o horário de verão fosse implementado em 2024, a economia seria de R$ 400 milhões. Se a medida for retomada em 2026, a economia pode chegar a R$ 1,8 bilhão por ano.

Ministro diz que há segurança energético para o verão

O horário de verão, adotado anualmente no Brasil a partir de 1985, foi suspenso em 2019 pelo governo Jair Bolsonaro (PL). Inicialmente criado para economizar energia aproveitando a luz natural no início da noite, o horário de verão tem perdido eficácia devido à mudança de comportamento da sociedade e ao aumento do uso de equipamentos elétricos.

No entanto, com a crescente demanda por fontes de energia renovável, como solar e eólica, o governo federal volta a discutir o tema para aumentar a eficiência energética e reduzir o uso de termelétricas, que são mais caras e poluentes.

O ministro Alexandre Silveira também ressaltou que a situação energética do país está sob controle, com a segurança energética assegurada para o verão. “Nós temos a segurança energética assegurada, há o início de um processo de restabelecimento ainda muito modesto da nossa condição hídrica”, disse.

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