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O setor de serviços, que inclui atividades como tecnologia da informação, restaurantes, hotelaria e transportes, apresentou alta de 0,8% na passagem de janeiro para fevereiro de 2025, segundo a Pesquisa Mensal de Serviços, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (10).
Com ajuste sazonal, o resultado sinaliza retomada após o recuo de 0,6% registrado em janeiro. Em relação a fevereiro de 2024, o setor cresceu 4,2%, marcando o 11º avanço consecutivo nesta base de comparação.
Para Marlon Freitas, CMO e cofundador da Agilize Contabilidade, os dados refletem uma realidade em que o empreendedorismo no Brasil continua a se expandir, mesmo diante de incertezas econômicas. “Mesmo nas dificuldades do atual cenário econômico, percebemos evidências de que o perfil empreendedor do brasileiro está ganhando cada vez mais espaço”, afirma.
Na avaliação do especialista, a tecnologia tem desempenhado um papel decisivo para quem decide iniciar um novo negócio, especialmente no setor de serviços.
“A possibilidade de prestar serviços de forma remota, com ajuda da tecnologia, é um fator que merece atenção nesse contexto. E até para negócios que não são digitais, diversas ferramentas tecnológicas facilitam a rotina do empreendedor e sem dúvidas reduzem as dificuldades de quem está abrindo uma empresa”, comenta Freitas.
No acumulado de 12 meses, o setor de serviços registra crescimento de 2,8%. A alta de fevereiro é a maior variação mensal desde outubro de 2024. Entre os segmentos que impulsionaram esse desempenho estão:
- Informação e comunicação: +1,8%
- Serviços profissionais e administrativos: +1,1%
- Outros serviços: +2,2%
- Serviços prestados às famílias: +0,5%
A única queda registrada foi no setor de transportes (-0,1%). Já o índice de atividades turísticas avançou 2,9% no mês, impulsionado pela redução no preço das passagens aéreas (-20,46%), o que elevou o volume do transporte aéreo.
Freitas aponta que o cenário é favorável para quem busca empreender de forma estruturada. “A abertura de empresas é uma realidade crescente no país, e a tecnologia é um aliado que facilita trâmites burocráticos na abertura e gestão dos negócios”, explica. Ele também destaca a importância de aproveitar os setores em crescimento como forma de inserção no mercado: “É fundamental que o novo empreendedor identifique nichos em expansão, como serviços digitais, consultorias e apoio remoto, áreas que seguem em alta demanda”.
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VANESSA DE PAULA BROLLO
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