20/06/2023 às 13h29min – Atualizada em 21/06/2023 às 00h02min
SALA DA NOTÍCIA Joao Paulo Santos Ribeiro
cnnbrasil.com.br
Fala vem após o presidente belarusso Lukashenko afirmar na última semana que seu país começou a receber armamento nuclear russo supostamente mais poderoso que as bombas utilizadas em Hiroshima e Nagasaki
Presidente Joe Biden reconhece a ameaça de armas nucleares táticas russas e critica implantação em Belarus
Na segunda-feira, 20 de junho, o presidente Joe Biden afirmou que a ameaça do presidente russo, Vladimir Putin, de usar armas nucleares táticas é uma preocupação real. Essa declaração ocorre dias depois de Biden denunciar o uso dessas armas pela Rússia em Belarus.
No sábado passado, Biden chamou o anúncio de Putin de que a Rússia havia implantado suas primeiras armas nucleares táticas em Belarus de “absolutamente irresponsável”.
Durante um evento com doadores na Califórnia, EUA, na segunda-feira, Biden comparou a reação inicial ao seu alerta sobre o rio Colorado secando há dois anos com a atual preocupação em relação a Putin usando armas nucleares táticas. Ele ressaltou que suas preocupações são genuínas e devem ser levadas a sério.
Na semana passada, o presidente de Belarus, Alexander Lukashenko, afirmou que seu país começou a receber armas nucleares táticas russas, algumas das quais seriam três vezes mais poderosas do que as bombas atômicas lançadas pelos EUA em Hiroshima e Nagasaki em 1945.
Essa implantação marca o primeiro movimento da Rússia de tais ogivas – armas nucleares de curto alcance e menor potência que poderiam ser utilizadas em cenários de batalha – fora do território russo desde o colapso da União Soviética.
Os Estados Unidos afirmaram que não têm intenção de alterar sua postura em relação às armas nucleares estratégicas em resposta a esse desenvolvimento e não veem indícios de que a Rússia esteja se preparando para usar armas nucleares.
Em maio, a Rússia rejeitou as críticas de Biden sobre seu plano de implantar armas nucleares táticas em Belarus, argumentando que os EUA têm implantado tais armas nucleares na Europa há décadas.
A implantação russa está sendo monitorada de perto pelos Estados Unidos, seus aliados e também pela China, que repetidamente advertiu contra o uso de armas nucleares no contexto da guerra na Ucrânia.
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