A Escola de Aprendizagem Inclusiva (EAI), em parceria com a Associação das Mulheres do Norte e do Noroeste Fluminense (AMUNNF), está oferecendo cursos de capacitação para as mães dos alunos assistidos na unidade, que funciona na Cidade da Criança Zilda Arns.
O objetivo é promover a geração de renda e o desenvolvimento de habilidades práticas. São cursos de tricô, crochê, velas decoradas e bijuterias, cujas aulas acontecem durante o período em que as mães aguardam seus filhos na Escola.
A coordenadora da EAI, Eleonora Nascimento, explicou que os cursos visam proporcionar uma formação completa, que pode ser aplicada tanto para uso pessoal quanto para a geração de renda. As aulas acontecem às segundas e quartas-feiras, com duração de duas horas diárias, totalizando 48 horas.
Além do curso artesanal, um curso de empreendedorismo também será oferecido, focando em como transformar habilidades em negócios sustentáveis. Este curso terá quatro horas de duração, dividido entre terças e quintas-feiras, durante o mesmo horário escolar das crianças.
As participantes aprenderão estratégias essenciais para iniciar e gerenciar seus próprios empreendimentos, garantindo uma base sólida para o sucesso.
“Essa parceria é uma excelente oportunidade para as mães se capacitarem e contribuírem para a renda de suas famílias, enquanto desenvolvem novas competências. A Escola de Aprendizagem Inclusiva e a AMUNNF continuam comprometidas em apoiar o crescimento pessoal e profissional das mulheres da comunidade”, disse Eleonora.
Cássia Paulista Brandão Rangel é mãe atípica de Daniel, 3 anos, e aprovou as formações.
“Eu gostei muito, está aprovado, nem vimos a hora passar e aprendemos a fazer até o macramê. Vou aproveitar essa oportunidade para aprender tudo que eu puder e ganhar um dinheiro extra, porque eu sempre trabalhei, mas desde quando ele nasceu, tive que sair do serviço, pois ele só queria peito e a menina que ficava com ele não aguentava porque ele chorava muito. Achei maravilhoso porque, enquanto as crianças estão na aula, estamos aprendendo. Se fosse para fazer um curso assim em outro lugar, não teria com quem deixar ele”, disse.
A presidente da AMUNFF, Ana Marina Lacerda, afirmou que a proposta de trabalhar com mães de alunos atípicos faz parte do projeto “Mulheres Sempre Mais”, desenvolvido pela Associação, em parceria com o Ministério das Mulheres do Governo Federal, com o objetivo de promover a autonomia de mulheres através do projeto de “Formação e Capacitação em Artesanato Sustentável”.
“Essa é uma iniciativa que visa proporcionar um espaço de acolhimento, empoderamento e fortalecimento emocional para essas mulheres, que enfrentam desafios significativos no cuidado e apoio aos seus filhos. Além disso, pode ser uma estratégia eficaz para melhorar o bem-estar emocional e a autoestima dessas mulheres”, disse a presidente.
Segundo ela, além de ser uma oportunidade para o desenvolvimento de habilidades manuais e criativas, também funciona como uma plataforma para a construção de redes de apoio entre as participantes, tendo em vista as realidades semelhantes.
“São vivências que, uma vez compartilhadas no grupo, ampliam os horizontes dessas mulheres que, dessa maneira, podem mudar suas próprias trajetórias pessoais. Assim, a experiência do coletivo, torna-se uma aprendizagem que ultrapassa as aprendizagens do espaço doméstico. O projeto também é desenvolvido na sede da associação, localizada na Rua Cândido Mendes, 23, no Parque Rosário, e é aberto à comunidade”, concluiu.
Deixe um comentário