Família denuncia caso de racismo em escola particular de Campos
14/03/2025 13h14 – Atualizado há 5 horas
A auxiliar jurídica Luísa Teixeira, de 30 anos, usou as redes sociais para denunciar um caso de racismo contra sua irmã, de apenas 11 anos, ocorrido dentro de uma escola particular no Centro de Campos. Segundo Luísa, ao serem informados sobre o episódio, os responsáveis pela instituição alegaram que não poderiam tomar nenhuma providência por ser a primeira vez que algo do tipo ocorria no colégio. Assista o vídeo (AQUI).
“Enquanto familiar, meu coração está partido. Minha irmã teve uma crise de ansiedade. Quem vai cuidar dela? Quem vai curá-la desse sofrimento? Eu não consigo”, desabafou Luísa em vídeo publicado nas redes sociais.
O caso
De acordo com o relato, o episódio aconteceu quando a criança comia uma banana na escola e uma colega de sala começou a chamá-la repetidamente de “macaca”. Inicialmente, a família não registrou a ocorrência na delegacia, pois aguardava um posicionamento da instituição de ensino.
“Quando minha madrasta pediu uma resposta da escola, a única medida tomada foi solicitar que ela assinasse uma ata. Disseram que, como era a primeira vez, não poderiam fazer nada. Nenhuma providência foi tomada”, contou Luísa.
Após a repercussão do caso nas redes sociais, a escola chamou os responsáveis para uma conversa.
“Racismo é crime”
Luísa reforçou que o racismo é crime inafiançável e que a omissão da instituição é preocupante.
“Não importa se foi a primeira, a segunda ou a décima vez. Não é algo que possa ser ignorado. A escola tem o dever legal e moral de proteger seus alunos e combater qualquer forma de discriminação. Quando se omite, torna-se cúmplice. Como confiar em uma instituição que ignora o sofrimento de uma aluna preta? Que as medidas sejam tomadas sem exceção”, declarou.
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